GESTÃO DE TURISMO
Projeto Político Pedagógico
Prefeituras e empresas do trade turístico solicitam trabalhos relacionados à elaboração
de projetos voltados à prática da gestão mercadológica, assim como a oferta da própria
formação (nível superior) em turismo. Ao observar tais demandas e as mudanças no cenário
nacional quanto à oferta de cursos superiores, delineou-se o perfil do egresso do Curso
Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da Universidade do Estado de Mato Grosso.
De acordo com o “Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia”, o
Tecnólogo em Gestão de Turismo deve estar apto a diagnosticar, planejar, gerenciar e
comercializar produtos e serviços turísticos, de agenciamento e de transporte turístico,
analisando seus impactos na comunidade receptora, com o objetivo do desenvolvimento do
turismo sustentável; gerir pessoas e conflitos, na busca de serviços turísticos de qualidade e
que desenvolvam a interação entre os povos, respeitando suas diversidades; e, elaborar,
implantar, gerenciar e avaliar políticas, programas, projetos, ações e modelos de negócios
inclusivos na área de turismo. (Brasil, 2024)
O egresso do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da UNEMAT
deverá compreender o ambiente do mercado de trabalho no qual está inserido, e nesse
sentido, durante a sua formação será estimulado a observar, analisar, propor e atuar em
soluções para as situações reais, especialmente, no âmbito local e regional; aplicar
conhecimentos técnicos relacionados aos processos de elaboração de projetos, planejamento
e gestão, tanto no setor público quanto no privado, de espaço, serviços e destinos turísticos;
entender de processos de biossegurança e legislação na prestação de serviços e organização
de espaços turísticos; e, utilizar ferramentas de marketing e ferramentas tecnológicas na
inovação e comercialização do produto turístico e de destinos turísticos. (Brasil, 2024)
Por fim, a construção do perfil do egresso almeja que este também encontre no
empreender uma alternativa econômica durante e após a sua formação acadêmica, a partir
da percepção da aplicabilidade das teorias e práticas do curso na sua realidade atual.
De acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, os campos
de atuação para o Tecnólogo em Gestão de Turismo são:
- Agências e operadoras de turismo receptivo e emissivo;
- Centros de recepção e informações turísticas;
- Companhias aéreas; Cruzeiros marítimos; Empresas de eventos;
- Empresas de hospedagem, recreação e lazer;
- Empresas de planejamento, desenvolvimento de projetos, assessoramento técnico e
consultoria;
- Cooperativas de serviços turísticos;
- Órgãos públicos com atuação na área;
- Instituições de ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente.
A ocupação estabelecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e
destacada no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia para formados no Curso
Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo é: Gerente de Turismo. Além de Gerente de
Turismo, a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) aponta como sinônimos de Gerente
de Turismo: Gerente de Operações de Turismo, Gerente de Produtos de Turismo, Gerente
Operacional de Turismo e Tecnólogo em Gestão de Turismo.
A construção pedagógica deve priorizar uma formação com competências e
habilidades úteis na realidade do acadêmico, a ponto de capacitar e qualificar autônomos
locais e apontar para sua participação no desenvolvimento turístico local. Com uma linguagem
objetiva e palpável, abandonar, quando possível, o nível de abstração das habilidades a serem
alcançadas e dos conteúdos das disciplinas.
Além disso, estimular os acadêmicos a entender o que precisam para melhorar sua
vida e encontrar no curso o sentimento de pertencimento e incluir o máximo possível
atividades de cunho prático, desde os primeiros semestres da formação.
4.1 Relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo entende que a Faculdade de
Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas constitui-se em unidade de planejamento e
de articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão, congregando o conjunto dos
cursos independentemente das áreas do conhecimento e das modalidades dos cursos a ela
vinculados.
O ensino, a pesquisa e a extensão serão avaliados, observando as habilidades,
conhecimentos e competências do acadêmico, adquiridas dentro e fora do ambiente da
universidade, incluindo a prática de estudos e atividades independentes, transversais,
opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o mundo do trabalho e
com as ações de extensão junto à comunidade.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo preza pela interação dialógica
da comunidade acadêmica com a sociedade por meio da participação e do contato com as
questões complexas contemporâneas presentes no contexto social, em especial, onde o
curso é ofertado, São Félix do Araguaia, situada no Vale do Araguaia.
O município de São Félix do Araguaia em 2022, o município tinha 13.621 residentes.
A efetiva colonização da região de São Félix do Araguaia ocorreu no início da década de
quarenta, no tempo da Marcha para o Oeste, com Getúlio Vargas presidente. A denominação
de São Félix foi dada no dia 20 de novembro de 1942, por ocasião da visita do bispo D.
Sebastião Thomas Câmara ao incipiente povoado.(IBGE, 2022).
A invocação a São Félix provinha do sofrimento do povo na conquista de uma terra
povoada por nações indígenas, região de tensão social. Tomaram São Félix por padroeiro,
acreditando que os protegeria contra os índios Xavantes, que habitavam a região e faziam
incursões sobre o nascente povoado, pois não admitiam a ocupação de seu território.(IBGE,
2022).
Na margem direita do rio Araguaia, vivia o pacífico povo indígena Karajá. Com a
descida do povo Xavante para o sul, a partir de 1945, registrou-se maior tranquilidade entre
os colonos. O termo 'Araguaia', de origem geográfica, foi incorporado para distinguir o
município mato-grossense de outro com a mesma denominação, no Estado da Bahia.(IBGE,
2022).
O Distrito foi criado com a denominação de São Félix (ex-povoado), pela lei estadual
nº 163, de 25-10-1948, subordinado ao município de Barra do Garças.(IBGE, 2022).
Elevado à categoria de município com a denominação de São Félix do Araguaia, pela
lei estadual nº 3689, de 13-05-1976, desmembra do município de Barra do Garças. Sede no
atual distrito de São Felix do Araguaia (ex-São Felix). Constituído do distrito sede. Instalado
em 01-02-1977, com alteração toponímica distrital de São Félix para São Félix do Araguaia,
alterado pela lei estadual (IBGE, 2022).
A economia de São Félix do Araguaia é diversificada, com setores como Agricultura,
Pecuária, Turismo e Serviços Relacionados, Administração Pública, Defesa E Seguridade
Social e Comércio Varejista. A cidade possui uma variedade de estabelecimentos, incluindo
Micro Empresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).
A remuneração média dos trabalhadores é de R$ 3897,56, e a pontuação média do ENEM na
cidade é de 304 pontos. As principais universidades na cidade são a Universidade Paulista e
a Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado - UNEMAT.
(IBGE, 2022).
O ensino, a pesquisa e a extensão estarão voltados para a formação cidadã dos
estudantes e constituídos pela vivência dos seus conhecimentos, que, de modo
interprofissional e interdisciplinar, seja valorizada e integrada à matriz curricular num esforço
contínuo de revisão das práticas didático-pedagógicas para atender às especificidades do
local.
Espera-se que o desenvolvimento da capacidade empreendedora e de acompanhar
as mudanças nas condições de trabalho, estejam presentes na formação acadêmica,
possibilitando a produção de bens e serviços e a gestão de processos em suas inter-relações
geográficas, sociais e econômicas. As questões teóricas devem proporcionar um
embasamento tal, que o profissional possa refletir, mas sobretudo, agir sobre o turismo, e seu
impacto social engajado na direção da economia, do desenvolvimento tecnológico e do
respeito à diversidade ambiental.
Espera-se que a relação entre ensino, pesquisa e extensão, proporcione ao
profissional a busca pela qualidade das atividades turísticas e das empresas de turismo, bem
como a maximização dos efeitos positivos e minoração dos efeitos negativos que o turismo
produz sobre a sociedade e sobre o meio ambiente.
A formação em laboratórios, visitas técnicas e aulas de campo possibilitam aos
profissionais em turismo desenvolver a capacidade de instalar a competência com o manejo
de técnicas e instrumentos em condições novas e desafiadoras. E, que tais experiências
sejam estímulo para pesquisa e extensão, buscando com criatividade soluções para desafios
da área.
Acredita-se que, quanto mais integradas estiverem as ações de ensino, pesquisa e
extensão, mais integralmente estará sendo formado o egresso do Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Turismo para o mundo do trabalho. Neste contexto, atividades
como, participação em projetos de iniciação científica/pesquisa, ações e projetos de extensão,
são instrumentos que contribuem significativamente para formação do egresso.
4.2 Integração com a Pós-graduação
Acreditando na relevância da educação continuada em tempos de grande dinâmica
econômica, social, cultural, tecnológica, espacial, em todo o mundo, o Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Turismo tem a expectativa de ofertar cursos em nível de pósgraduação
lato sensu nas áreas de Turismo e Hospitalidade, Gestão de Empresas Turísticas,
Planejamento Turístico, entre outras.
O corpo docente dispõe de profissionais com pós-graduação em nível de mestrado e
doutorado e com experiência na coordenação e participação de projetos de pesquisa e de
extensão, consolidados atualmente no Laboratório de Turismo (LABTUR) e Grupo de
Pesquisa Turismo, Cultura e Meio Ambiente (TUCUM), registrado no Diretório de Grupos de
Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os acadêmicos do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo de São Félix do
Araguaia têm oportunidade de decidirem sobre o futuro profissional, seja dando continuidade
na carreira acadêmica atuando como professor ou pesquisador universitário ou ingressando
no mercado de trabalho, pelo estímulo à dedicação aos estudos e participação nas atividades
de pesquisa e extensão embasados nas seguintes linhas de pesquisa:
Planejamento e Gestão de Destinos Turísticos: desenvolver estudos que subsidiem
o planejamento e gestão do turismo na Região Centro-Oeste; analisar impactos na
comunidade receptora com ênfase no desenvolvimento do turismo responsável; avaliar
políticas públicas que afetam o turismo e o desenvolvimento de destinos; pesquisar sobre
mecanismos de conservação da sociobiodiversidade em áreas turísticas naturais.
Sociedade, Tecnologia e Inovação: compreender o uso das tecnologias digitais na
sociedade; analisar a influência das mídias digitais no setor de turismo; entender a relação
entre o mundo físico e virtual e seus impactos nos setores público e privado e organizações
da sociedade civil; investigar o uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação
para melhorar a gestão e a experiência dos turistas.
Turismo e Gestão Social: pesquisar sobre práticas de turismo que promovem a
justiça social e o bem-estar das comunidades anfitriãs; analisar iniciativas turísticas geridas
pelas próprias comunidades locais; investigar novas soluções e tecnologias para resolver
problemas sociais.
4.3 Mobilidade estudantil e internacionalização
A mobilidade estudantil possibilita que alunos regularmente matriculados em uma
Instituição de Ensino Superior (IES) realizem temporariamente disciplinas de seu curso em
outras IES, nacionais ou internacionais, mantendo-se o vínculo com a instituição de origem.
Na UNEMAT são consideradas como atividades em Mobilidade Acadêmica aquelas de
natureza discente-curricular, científica, artística e/ou cultural, que visem à complementação e
aprimoramento da formação do discente de graduação. A Política de Mobilidade Acadêmica
na UNEMAT é regida pela Resolução nº 087/2015 – CONEPE.
A Instrução Normativa nº 003/2019 - UNEMAT instrui a oferta de 3 (três) disciplinas de
livre escolha em todos os cursos de graduação da UNEMAT, tal oferta tem como objetivo
ampliar a formação do acadêmico, complementando e destacando as suas habilidades e
competências. Neste contexto, fica a cargo do acadêmico a escolha do curso e IES em que
irá cursar as três disciplinas, não importando a modalidade, pois os créditos são de livre
escolha e podem ser cursados em qualquer curso da UNEMAT ou em Mobilidade Acadêmica
em outras Instituições de Ensino Superior.
De acordo com a Resolução nº 087/2015 – CONEPE, discentes de outra IES em
Mobilidade Acadêmica na UNEMAT serão regidos pelas normas desta IES, assim como os
discentes da UNEMAT em Mobilidade Acadêmica deverão atender aos regulamentos da IES
de destino.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da UNEMAT trabalhará de
forma intensa e coordenada no estímulo e na promoção de fluxo de alunos nos programas de
intercâmbio. O atual PPC busca, por meio do grupo de disciplinas eletivas livres, facilitar a
mobilidade acadêmica. Além das informações aqui citadas, a resolução e Instrução Normativa
supramencionadas trazem orientações mais detalhadas sobre os procedimentos a serem
adotados pelos setores administrativos da UNEMAT e pelos discentes que entrarem em
mobilidade acadêmica.
4.4 Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no processo de ensinoaprendizagem
Segundo Valente (2014) a presença das Tecnologias Digitais de Comunicação e
Informação (TDICs) têm alterado visivelmente a maneira como recebemos e acessamos as
informações nos dias atuais, mas infelizmente essas mudanças ainda não tiveram a mesma
magnitude em relação à educação de nossos aprendizes. Para ele, a educação ainda utiliza
a mesma estrutura educacional do século XIX, emissor-receptor, tendo o professor como
protagonista principal, detentor do conhecimento e objetivando atender a massa por meio de
depósito de informação, ilustrada por Freire (1970) como educação bancária.
Portanto, a questão fundamental no mundo atual é saber como prover a informação,
de modo que ela possa ser interpretada pelos aprendizes e convertida em conhecimento. Um
mundo onde a educação tem um papel fundamental e o compromisso de ajudar o aprendiz,
ao dar sentido, significação e apropriação das informações produzidas pela humanidade. Para
tanto, o professor é figura indispensável, pois conforme afirma Moran (2000), a inovação não
se restringe a utilização das TDICs, mas sim a maneira como o professor apropria-se dos
recursos tecnológicos para criar mecanismos que superem a reprodução de informações e
levem a produção do conhecimento.
Nesse contexto, as TDICs podem ser extremamente úteis como ferramentas
cognitivas no processo de ensino-aprendizagem, desempenhando diferentes papéis como no
uso de softwares, na construção de narrativas digitais, na educação a distância e na
implantação da abordagem híbrida de ensino e de aprendizagem conhecida também como a
sala de aula invertida.
Para além da sala de aula, o Tecnólogo em Gestão de Turismo também precisará
valer-se das ferramentas digitais para potencializar produtos e serviços, para tanto, o domínio
de ferramentas de escritório, edições de imagens e vídeos, marketing digital e virtualização
da marca são fundamentais para o profissional.
A integração com as TDICs ocorre também através do contato direto com Ambiente
Virtual de Aprendizagem utilizados para aulas EaD, tanto na carga horária de algumas
disciplinas do Curso quanto por meio de disciplinas EaD oferecidas pela Universidade para
acadêmicos que sentirem dificuldades principalmente nas áreas de Língua Portuguesa,
Língua Estrangeira (Inglês) e Matemática.
Neste contexto, a UNEMAT utiliza o Sistema Integrado de Gestão de Atividades
Acadêmicas (SIGAA) como ferramenta para registro, repositório de arquivos, ambiente de
avaliação e gestão de atividades docentes.
4.5 Educação inclusiva
Para garantir o direito de todos à educação, sem distinção entre as diversidades
étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero, a educação inclusiva
no Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo será realizada atendendo aos
critérios estabelecidos na Resolução nº 046/2023 - CONEPE, que trata da Política de Ações
Afirmativas da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT.
5. ESTRUTURA CURRICULAR
5.1 Formação teórica articulada com a prática
Para a excelência da competência profissional de Gestão em Turismo, ele deve
receber uma formação que contenha aspectos teóricos e práticos.
Quanto aos aspectos teóricos, espera-se que as diversas metodologias e técnicas
apropriadas e instrumentalizadas pelo turismo estejam presentes na sua formação,
possibilitando uma reflexão sobre o turismo e suas inter-relações geográficas, sociais e
econômicas. As questões teóricas devem proporcionar um embasamento tal, que o
profissional possa refletir sobre o turismo, tanto nas questões de planejamento e
gerenciamento como de empreendedorismo e operacionalização de produtos e serviços.
A formação em laboratórios, visitas técnicas, aulas de campo, atividades de extensão
e estágios supervisionados, possibilitarão aos acadêmicos de turismo desenvolverem a
capacidade de instalar a competência com o manejo de técnicas e instrumentos em condições
novas e desafiadoras. Desta forma, trata-se da oportunidade dos discentes e docentes
integrarem as teorias assimiladas à prática por meio da reflexão-ação-reflexão, propiciando
experiências construtivas e únicas para formação do futuro profissional.
A experiência prática trará um constante pensar sobre o “que pode fazer?”, “como
fazer?”, e o “por que fazer?”, buscando com criatividade soluções para desafios da área, e a
posteriori, possibilitará refletir e avaliar todas as etapas e o produto final de forma crítica e
construtiva.
A formação teórica articulada com a prática é uma abertura para o surgimento de
novos parâmetros teóricos-práticos ou práticos-teóricos nos diferentes campos da pesquisa
em turismo.
I - aula teórica (código T): orienta-se pelo entrelaçamento de diversas áreas do
conhecimento, para a construção de seu corpo teórico. No campo do conhecimento do
Turismo, o currículo caracteriza-se e se expressa tanto na multidisciplinaridade (pela
associação de disciplinas), como especialmente, na interdisciplinaridade (pela interação e
construção de interconexões de disciplinas). Os créditos teóricos podem ser presenciais ou
EaD, conforme definido em cada disciplina. Para as aulas EaD, deverá ser utilizado Ambiente
Virtual de Aprendizagem - AVA definido pela Universidade.
II - aula de campo, laboratório e/ou prática como componente curricular (código P):
abrangem estudos localizados nos respectivos espaços de fluxo turístico, compreendendo
visitas técnicas, inventário turístico, laboratórios de aprendizagem e de estágios não
obrigatórios.
5.2 Núcleos de formação
5.2.1 Núcleo de estudos de formação geral e humanística
O núcleo de estudos de formação geral e humanística está relacionado com os
aspectos geográficos, tecnológicos e culturais, que conformam as sociedades e o mundo do
trabalho. Esse núcleo é fundamental para a compreensão do mundo do trabalho, contribuindo
para o entendimento do turismo e o papel do profissional na atualidade.
5.2.2 Núcleo de estudos de formação específica
O núcleo de estudos de formação específica relaciona-se ao eixo tecnológico Turismo,
Hospitalidade e Lazer e as áreas tecnológicas Acolhimento e Hospedagem, Apoio Técnico a
Eventos, Atividades Turísticas, Recreação e Sociabilidade e Serviços de Gastronomia.
O núcleo também inclui fundamentos de Turismo, Lazer e Hospitalidade, Promoção de
Eventos, Gestão de Negócios e Oferta de Serviços para melhor atender às necessidades do
perfil que o mercado e a região exigem, além das áreas que a elas contribuem, e estabelecem
relação com o turismo como a administração, comunicação, marketing, direito, economia e
finanças, além de noções de língua inglesa. Refere-se aos conteúdos teórico-práticos
localizados preferencialmente nos respectivos espaços de fluxo turístico, compreendendo
visitas técnicas, inventário turístico e laboratórios de aprendizagem.
Durante os estudos de formação específica, o acadêmico será levado a refletir sobre
a aplicação do conhecimento na sua vida e na realidade que o circunda. O conhecimento
específico deverá ser aproveitado na sua realidade imediata e com aplicação para provocar
uma mudança social, econômica, política ou outra, no seu entorno.
5.2.3 Núcleo de formação de livre escolha
O núcleo de estudos de livre escolha do acadêmico objetiva ampliar a sua formação,
com opção de disciplinas específicas que atendam interesses individuais. Nessa unidade os
créditos serão de livre escolha do aluno e deverão ser realizados em outros cursos tanto da
UNEMAT, quanto de qualquer outra instituição de ensino superior.
A Comissão Própria de Autoavaliação (CPA) é responsável pelos processos de
autoavaliação, conforme o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e
demais diretrizes normativas. Na UNEMAT a Resolução n° 002/2005 - CONSUNI estabelece
as diretrizes para a constituição e funcionamento da Comissão Própria de Autoavaliação
(CPA) em consonância com o SINAES.
A avaliação institucional é realizada anualmente por meio de formulários para coleta
de opiniões, são eles: formulário para coleta de opiniões dos acadêmicos, formulário para
coleta de opiniões dos docentes, formulário para coleta de opiniões dos servidores técnicos,
formulário para coleta de opiniões dos servidores técnicos dos cursos e formulário para coleta
de opiniões dos gestores.
Os relatórios da avaliação institucional são orientadores para formulação de
estratégias e ações que devam ser analisadas e priorizadas por docentes, gestores e
profissionais técnicos no sentido de aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem, avaliar o
desempenho didático- pedagógico dos professores, dando subsídios para as ações de
replanejamento, delineamento do curso e estabelecimento de metas para o alcance dos
objetivos propostos no projeto pedagógico.
Quanto à avaliação do acadêmico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de
Turismo será realizada simultaneamente ao processo de ensino, e contemplará a avaliação
continuada por parte do professor por registro, em no mínimo, três momentos.
A ação educativa pressupõe processos de acompanhamento e verificação de
assimilação dos conteúdos e o atendimento aos requisitos mínimos que o qualifiquem como
profissional apto ao mercado de trabalho.
O processo educacional tem por base o trabalho com os conhecimentos
historicamente acumulados, sendo sua elaboração e transmissão mediadas pelo professor,
dentro do contexto do mercado de trabalho. Portanto, devem-se verificar fatores como a
capacidade do acadêmico em acionar conhecimentos acumulados, buscar outros e estruturar
o conteúdo pedagógico necessário ao exercício profissional.
Nesse sentido, o Curso Tecnológico de Gestão em Turismo propõe uma avaliação
integral do aluno e de forma contínua, a partir dos resultados por ele obtidos nos exercícios
escolares, provas, trabalhos e outros instrumentos específicos de cada disciplina. As provas
aplicadas para avaliação do rendimento escolar são realizadas por meio de produções
escritas, projetos, relatórios, resenhas, estudos de casos, seminários ou outras modalidades
academicamente aceitas e constantes do plano de ensino, aprovado pelo Colegiado de Curso.
Por meio da diversidade de instrumentos de avaliação deve-se verificar as competências
técnico/profissionais, o quanto e quando fazer uso destas para solucionar as problemáticas
do exercício profissional relacionadas às especificidades da prática profissional.
A avaliação do rendimento escolar é realizada por disciplina ou interdisciplinarmente,
analisando-se o aproveitamento e a capacidade do acadêmico de acionar os conhecimentos.
A verificação e o registro de frequência são de responsabilidade do Professor e seu
controle é realizado pela Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Sociais Aplicadas
(FABIS). É vetado o abono de faltas, salvo os casos expressamente previstos em lei ou no
próprio Regimento (Normatização Acadêmica), como por exemplo, a licença maternidade ou
ao portador de doenças infectocontagiosas. Independente do aproveitamento e demais
resultados obtidos, é exigido do aluno a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)
às aulas e demais atividades escolares, sendo reprovado o aluno com frequência inferior ao
exigido.
Além da frequência, o rendimento escolar é avaliado pelo acompanhamento contínuo
do acadêmico e dos resultados por ele obtidos nos exercícios escolares, provas, trabalhos e
outros instrumentos de avaliação, em que será atribuída uma nota, expressa em grau
numérico de 0 (zero) a 10 (dez). O aluno que deixar de se submeter à avaliação prevista na
data fixada, bem como se utilizar de meio fraudulento, será atribuída nota 0 (zero). Será
considerado aprovado na disciplina, o acadêmico que atender as regras estabelecidas na
Normatização Acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso.