O projeto ‘Caminhos Pantaneiros e de Cerrado: Interseccionalidade, diversidade e fortalecimento do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS) em territórios do interior de Mato Grosso’ conquistou o oitavo lugar na seleção pública do Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS), promovido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTes) do Ministério da Saúde. Ao todo, foram 126 inscritos, sendo 124 classificados. A Unemat também foi a universidade estadual mais bem classificada.

O resultado completo pode ser acessado clicando aqui.

A proposta da Unemat articula ações de acesso, cuidado e participação social em territórios pantaneiros e cerradeiros, reunindo estratégias de ensino, pesquisa, extensão e cultura, e busca integrar ensino, gestão, serviço e comunidade em ações formativas e intersetoriais que valorizem saberes interculturais e práticas populares de cuidado, além de ampliar a participação social nos Conselhos de Saúde. O projeto é coordenado por Josué Souza Gleriano, professor e pesquisador da Unemat, que ressalta que a iniciativa foi uma das selecionadas ao destacar-se por sua inovação metodológica, compromisso com a diversidade e impacto na formação em saúde. “O projeto representa a força acadêmica, social e territorial da Unemat na promoção da equidade e da justiça social no âmbito do Sistema Único de Saúde”, explica Josué.

Com foco em Barra do Bugres e Tangará da Serra, o projeto tem como objetivo fortalecer a educação permanente em saúde e reduzir barreiras de acesso enfrentadas por grupos historicamente vulnerabilizados, como povos tradicionais, comunidades quilombolas, indígenas, coletivos negros, movimentos de mulheres e juventudes. “A saúde se fortalece quando escuta e inclui. Este projeto pretende colaborar com o cuidado a partir dos territórios e das vozes que historicamente constroem o SUS de base comunitária e solidária”, conta Josué.

Com duração de 24 meses, o projeto contempla grupos de aprendizagem compostos por professores, preceptores e estudantes de diferentes cursos, tanto da área da Saúde como de outras áreas. O edital nacional prevê 10 bolsas mensais de R$ 700 para estudantes. A comissão local de acompanhamento e avaliação publicará, nas próximas semanas, os editais de seleção para a escolha dos bolsistas, conforme regulamentação nacional do programa. “É uma oportunidade única de formação cidadã e profissional”, ressalta o coordenador. “Os alunos atuarão como pesquisadores e extensionistas, vivenciando o SUS real, aquele que se faz no território, nas comunidades e nas redes de cuidado”, conclui.